sábado, 21 de novembro de 2009

Texto de João Pereira Coutinho (jornalista)

'Não tenho filhos e tremo só de pensar. Os exemplos que vejo em volta não aconselham temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário: estão invariavelmente mergulhados numa angústia e numa ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê. Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar.
Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe: jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição.

Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas: a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.

Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac.
É a velha história da cenoura e do burro: quanto mais temos, mais queremos. Quanto mais queremos, mais desesperamos. A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima.

Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade! '

domingo, 15 de novembro de 2009

Haven´t met you yet (Michael Bublé)

I'm Not Surprised
Not Everything Lasts
I've Broken My Heart So Many Times,
I Stop Keeping Track.
Talk Myself In
I Talk Myself Out
I Get All Worked Up
And Then I Let Myself Down.

I Tried So Very Hard Not To Loose It
I Came Up With A Million Excuses
I Thought I Thought Of Every Possibility

And I Know Someday That It'll All Turn Out
You'll Make Me Work So We Can Work To Work It Out
And I Promise You Kid That I'll Get So Much More Than I Get
I Just Haven't Met You Yet

Mmmmm ...

I Might Have To Wait
I'll Never Give Up
I Guess It's Half Timing
And The Other Half's Luck
Wherever You Are
Whenever It's Right
You Come Out Of Nowhere And Into My Life

And I Know That We Can Be So Amazing
And Baby Your Love Is Gonna Change Me
And Now I Can See Every Possibility

Mmmmm ...

And Somehow I Know That It Will All Turn Out
And You'll Make Me Work So We Can Work To Work It Out
And I Promise You Kid I'll Get So Much More Than I Get
I Just Haven't Met You Yet

They Say All's Fair
And In Love And War
But I Won't Need To Fight It
We'll Get It Right
And We'll Be United

And I Know That We Can Be So Amazing
And Being In Your Life Is Gonna Change Me
And Now I Can See Every Single Possibility

Mmmm ...

And Someday I Know It'll All Turn Out
And I'll Work To Work It Out
Promise You Kid I'll Get More Than I Get
Than I Get Than I Get Than I Get

Oh You Know It'll All Turn Out
And You'll Make Me Work So We Can Work To Work It Out
And I Promise You Kid To Get So Much More Than I Get
Yeah I Just Haven't Met You Yet

I Just Haven't Met You Yet
Oh Promise You Kid
To Give So Much More Than I Get

I Said Love Love Love Love Love Love Love ...
I Just Haven't Met You Yet
Love Love Love .....
I Just Haven't Met You Yet

(.....but I'm waiting :) acrescento eu...)

domingo, 8 de novembro de 2009

Balançar (Mafalda Veiga)

Pedes-me um tempo,
para balanço de vida.
Mas eu sou de letras,
não me sei dividir.
Para mim um balanço
é mesmo balançar,
balançar até dar balanço
e sair..

Pedes-me um sonho,
para fazer de chão.
Mas eu desses não tenho,
só dos de voar.

Agarras a minha mão
com a tua mão
e prendes-me a dizer
que me estás a salvar.
De quê?
De viver o perigo.
De quê?
De rasgar o peito.
Com o quê?
De morrer,
mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter
nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração...

Pedes o mundo
dentro das mãos fechadas
e o que cabe é pouco
mas é tudo o que tens.
Esqueces que às vezes,
quando falha o chão,
o salto é sem rede
e tens de abrir as mãos.

Pedes-me um sonho
para juntar os pedaços
mas nem tudo o que parte
se volta a colar.

E agarras a minha mão
com a tua mão e prendes-me
e dizes-me para te salvar.
De quê?
De viver o perigo.
De quê?
De rasgar o peito.
Com o quê?
De morrer,
mas de que paixão?
De quê?
Se o que mata mais é não ver
o que a noite esconde
e não ter
nem sentir
o vento ardente
a soprar o coração.

Vida :)

Já perdoei erros quase imperdóáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. Já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas quando nunca me pensei decepcionar, mas também decepcionei alguém. Já abracei para proteger, já me ri quando não podia, já fiz amigos eternos, já amei e fui amado. mas também já fui rejeitado, já fui amado e não soube amar. Já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, mas "quebrei a cara" muitas vezes! Já chorei a ouvir música e a ver fotos, já liguei só para escutar uma voz, já me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e...tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)! Mas sobrevivi! E ainda vivo! Não passo pela vida e tu também não deverias passar...Vive!!! Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida e viver com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante!
Charles Chaplin

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Um dia...

Existem pessoas que não aproveitam as oportunidades que lhes são dadas, existem pessoas que se cansam de dar oportunidades, existem pessoas que nunca têm uma oportunidade...enfim, existem vários tipos de pessoas e vários tipos de oportunidades (ou falta delas!). Mas existem também pessoas que têm oportunidades, aproveitam-nas, mas nunca estão agradecidas.....
A insatisfação é um defeito/qualidade(?)dos seres humanos, sempre à procura....Bem, nem todos, acho que deixei de procurar, o que também não quer dizer que esteja satisfeita. Mas cheguei a uma pequena conclusão (muito pessoal e momentânea, amanhã já pode ser tudo diferente :)....), quanto mais procuro, mais "porcaria" acho... Talvez por isso estou a tentar aproveitar um dia de cada vez, tudo é eterno enquanto dura, nada de grandes planos, nada de "para sempres", nada de "nuncas" e principalmente nada de "fins" ou "despedidas". É sempre um até já...(quem sabe??) Nada de dramatizar, complicar ou sonhar(talvez o mais difícil de controlar, quem não gosta de sonhar??). A realidade é feita todos os dias, um bocadinho de cada vez... E, às vezes, quando menos se espera, as oportunidades aparecem e cabe a nós decidir agarrá-las. Estou a tentar não as desperdiçar...e agradeço pelas que me foram dadas.Só posso lamentar por aquelas que não soube aproveitar, mas também é assim que aprendemos...e juro que já aprendi (ou melhor, estou a processar a informação, que o programa não é recente, o que não facilita:)). Bem, juro que estou a aprender, também a aprender a dar algumas oportunidades, antes de mais a mim própria...