sábado, 6 de novembro de 2010

Isto das relações é complicado....
As relações falham, não são aquilo que nós esperamos, umas vezes mais, outras menos....damos desculpas, magoamos, somos magoados. Mesmo aquelas que parecem perfeitas (ou quase), não são. Terminam, deixam marcas que ás vezes não queremos, ou não podemos apagar...o amor acaba, altera-se...
As pessoas não são imutáveis, alteram comportamentos, mas a essência mantém-se. E por vezes a responsabilidade torna-se maior que a paixão, a pressão toma conta do amor, e aquilo que era perfeito (ou quase) torna-se difícil, quase insuportável...
Ninguém muda ninguém, nem mesmo o amor faz com que se opere a mudança....limam-se algumas "falhas", o fogo da paixão a isso "obriga", mas depois com o passar do tempo, a chama consome-se e o que era fogo, ás vezes extingue-se....torna-se tão frio como um cubo de gelo que também queima, mas não é fogo!!!
Quem ama sente-se feliz, mas já vi muitos que amam (ou amavam)(ou julgavam amar) que não me fazem acreditar nesse estado de felicidade. Ouvi alguém dizer que quando o amor dói, não é amor....concordo. Amar não dói, mas deixar de amar ou de ser amado....DÓI, e muito!

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

"Sem cor"

Sim... eu sei do que falo
Sim... eu vivo ao lado
Nem tudo o que passa por mim
Tem cheiro de cor
Nem tudo o que passa por mim
Tem sempre sabor.

E é sem cor...
É sem cor que eu fingo que não existo
Sem cor, é sem cor que eu fingo que não sinto.

Eu sei que vidas que passam, que nos são contadas, numa roda que é sem cor
São vidas penadas assim, são cheias de cor..
São vidas que passam por mim, sem qualquer sabor...

E é sem cor... é sem cor que eu finjo que não existo
Sem cor.. é sem cor que eu finjo que não sinto...

Dr1ve

(Há dias em que as cores nos deixam vulneráveis, nos fazem baixar a guarda, por isso prefiro sem cor, p'ra poder continuar a fazer de conta que procuro o arco-íris, e que posso - um dia - deixar a cor invadir-me, furar a carapaça sem cor, que me prende e protege... "é sem cor que eu finjo que não sinto"...)

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Confesso

Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final

Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz

Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais

Eu tranco a porta
Pra todas as mentiras
E a verdade também está lá fora
Agora a porta está trancada

A porta fechada
Me lembra você a toda hora
A hora me lembra o tempo que se perdeu
Perder é não ter a bússola
É não ter aquilo que era seu
E o que você quer?
Orientação?

Eu vou contar pra todo mundo
Eu vou pichar sua rua
Vou bater na sua porta de noite
Completamente nua
Quem sabe então assim
Você repara em mim
Quem sabe então assim
Você repara em mim

Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho aonde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você

É... mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra gente agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você...

Eu quero te roubar pra mim
Eu que não sei pedir nada
Meu caminho é meio perdido
Mas que perder seja o melhor destino

Agora não vou mais mudar
Minha procura por si só
Já era o que eu queria achar
Quando você chama meu nome
Eu que também não sei aonde estou
Pra mim que tudo era saudade
Agora seja lá o que for

Eu só quero saber em qual rua
Minha vida vai encostar na tua

(Ana Carolina)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Tarde demais...

Dói ver-te e não te ter.... dói ter-te perto, mas tão longe....
Dói ainda mais deixar que te amem, quando devia ser eu... ver amar e não poder fazê-lo,....dói...
Falta a coragem para te amar, ou falta, por não ME amar.
Um beijo, um sorriso, tão perto...o verde do teu olhar, reflecte o laranja da minha camisola....e era lá no fundo dos teus olhos que eu queria ficar, para sempre presa nesse verde que não soube amar...
Fugiu o tempo, o toque, o beijo.....ficou lá atrás, tímido, à espera....e depois...era tarde demais!!...
Por isso, dói deixar que outros olhos te amem, que outra boca te beije, que outro corpo se aqueça junto ao teu....dói....mas já era tarde demais!!....

segunda-feira, 5 de julho de 2010

"Ouvi dizer"

Ouvi dizer que o nosso amor acabou.
Pois eu não tive a noção do seu fim!
Pelo que eu já tentei,
Eu não vou vê-lo em mim:
Se eu não tive a noção de ver nascer um homem.
E ao que eu vejo,
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi!
E eu fiquei com tanto para dar!
E agora
Não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva!
E pudesse eu pagar de outra forma!

Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã,
E eu tinha tantos planos pra depois!
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós;
Sem tirar das palavras seu cruel sentido!
Sobre a razão estar cega:
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser tu
E um homem como tu;
Como eu não fui;
Um dia vou-te ouvir dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!
Sei que um dia vais dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!

A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! Ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!

(Ornatos violeta)

domingo, 4 de julho de 2010

Faz de conta...

Queria um dia de faz de conta....queria um dia perfeito, transformar-me numa pessoa perfeita, num sitio perfeito, com pessoas perfeitas à minha volta...hoje estou cansada da imperfeição. Das coisas, dos outros, mas principalmente da minha imperfeição, cansada....nem sei de quê, porquê ou de quem... Passam à minha frente imagens de um paraíso que não sei se existe, mas que é onde queria estar. Será que existe, será que existes???? Estás aí????....nesse sítio perfeito, onde faz de conta que tudo é perfeito, ou podia ser....
Deixa que o tempo passe, que (faz de conta) és dona de uma borracha, que podes apagar o imperfeito, que podes voltar atrás, pegar no lápis e voltar a escrever esta estória....às vezes tão mal contada!!!...Deixa o tempo andar....faz de conta....


"O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções..." (Martha Medeiros)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Whataya Want from Me

Hey, slow it down
What do you want from me
What do you want from me
Yeah, I’m afraid
What do you want from me
What do you from me
There might have been a time
I would give myself away
(Ooh) Once upon a time
I didn’t give a damn
But now here we are
So what do you want from me
What do you want from me
Just don’t give up
I’m workin’ it out
Please don’t give in
I won’t let you down
It messed me up, need a second to breathe
Just keep coming around
Hey, what do you want from me
What do you want from me
Yeah, it’s plain to see
that baby you’re beautiful
And it’s nothing wrong with you
It’s me – I’m a freak
but thanks for lovin’ me
Cause you’re doing it perfectly
There might have been a time
When I would let you step away
I wouldn’t even try but I think
you could save my life
Just don’t give up
I’m workin’ it out
Please don’t give in
I won’t let you down
It messed me up, need a second to breathe
Just keep coming around
Hey, what do you want from me
What do you want from me
Just don’t give up on me
I won’t let you down
No, I won’t let you down
So
Just don’t give up
I’m workin’ it out
Please don’t give in
I won’t let you down
It messed me up, need a second to breathe
Just keep coming around
Hey, what do you want from me
Just don’t give up
I’m workin’ it out
Please don’t give in
I won’t let you down
It messed me up, need a second to breathe
Just keep coming around
Hey, whataya want from me
(whataya want from me)
Whataya want from me
whataya want from me

(Adam Lambert)
(não tenho mais perguntas a fazer...)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

"Se eu não te amasse tanto assim"

Meu coração
Sem direção
Voando só por voar
Sem saber onde chegar
Sonhando em te encontrar
E as estrelas
Que hoje eu descobri
No seu olhar
As estrelas vão me guiar

Se eu não te amasse tanto assim
Talvez perdesse os sonhos
Dentro de mim
E vivesse na escuridão
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez não visse flores
Por onde eu vim
Dentro do meu coração

Hoje eu sei
Eu te amei
No vento de um temporal
Mas fui mais
Muito além
Do tempo do vendaval
Nos desejos
Num beijo
Que eu jamais provei igual
E as estrelas dão um sinal

Se eu não te amasse tanto assim
Talvez perdesse os sonhos
Dentro de mim
E vivesse na escuridão
Se eu não te amasse tanto assim
Talvez não visse flores
Por onde eu vim
Dentro do meu coração...

(Ivete Sangalo)
Bonitas memórias nesta letra de canção...(passado, presente, futuro?...)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Levantaste a questão e tens razão!...É uma constante luta entre mim e eu, e nunca sei qual de mim vence...sei...,talvez fique sempre a perder...
Pois, não sou leal e nem, talvez, me respeite...Por isso a luta é desigual, sei sempre que no final vou perder, porque no fundo não me deixo ganhar! Existem duas em mim e quero acreditar que uma torce para ganhar, mas quando faço as contas, não existem dois pólos opostos (positivo e negativo), afinal são os dois negativos...levam-me os dois para o fundo...LEVO-ME para o fundo...
Era a conclusão que pretendias que fizesse??...Não é nada de novo...só (às vezes) o escondo por detrás de um sorriso, uma gargalhada estridente que tenta fazer-me esquecer que estou em guerra...e arde (podes crer!), rasga, deixa feridas que não quero mostrar...(não posso!). Não quero que me vejam sangrar, não preciso...não sei se preciso, nem sei se quero...
Tens razão!...respiro fundo, levanto a cabeça e escondo-me na minha concha... Aí sei que não me podem chegar, estou segura, aí não preciso esconder as minhas fragilidades, nem preciso fingir...,ninguém me vê!... Percebes???

sexta-feira, 7 de maio de 2010

"O que sempre soube das mulheres, mas tive à mesma de perguntar"

"Tratam-nos mal, mas querem que as tratemos bem. Apaixonam-se por serial-killers e depois queixam-se de que nem um postalinho. Escrevem que se desunham. Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que tenhamos graça a pregá-las. Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores. São superiores. Não têm o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos. Perdoam facilmente, mas nunca esquecem. Bebem cicuta ao pequeno-almoço e destilam mel ao jantar. Têm a capacidade de entrega que até dói. São óptimas mães até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte. Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende. Têm dias. Têm noites. Conseguem ser tão calculistas e maldosas como qualquer homem, só que com muito mais nível. Inventaram o telemóvel ao volante. São corajosas e quando se lhes mete uma coisa na cabeça levam tudo à frente. Fazem-se de parvas porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas. Fazem-se de inocentes e (milagre!) por esse acto de vontade tornam-se mesmo inocentes. Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem. Riem quando estão tristes, choram quando estão felizes. Não compreendem nada. Compreendem tudo. Sabem que o corpo é passageiro. Sabem que na viagem há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor. Não são de confiança, mas até a mais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens. São tramadas. Comem-nos as papas na cabeça, mas depois levam-nos a colher à boca. A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos - elas quando jogam é para ganhar. E é tudo. Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande mas, para nossa sorte, contentam-se com pouco."

Rui Zink

(tá giro....agora cabe aos homens descobrir o que é verdade....de uma tenho mesmo (quase) 100% certeza : "a mais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens" (ok, também existem algumas excepções só para confirmar a regra!...), mas o texto é engraçado)

sexta-feira, 30 de abril de 2010


E quando os dias parecem noites e as noites parece que nunca mais acabam....
e o dia volta e mais uma noite virá...
e o aperto no peito que não pára de apertar,
e o amargo que não pára de adoçar o corpo que insiste em se apagar...

Onde está a lua que está cheia?...e o sol que parece queimar??...
Onde fica o pó dos dias e o cheiro do mar, que se perdem por dentro, na alma que se esquece?...
Onde está???....Esquecida....por aí, perdida!!.....

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Largar o que há em vão

Tenho o teu abraço cheio
Com a solidão no meio
Que não me deixa abraçar
Tenho o teu olhar presente
E o desenhar do movimento do teu corpo a chegar
Tenho o teu riso sentado
Mistério do teu lado que preciso desprender
Tenho o corpo a correr
Tenho a noite a trespassar
Tenho medo de te ver
É perigoso este perfume
E a memoria do teu nome
É do fogo que nos une
Tenho espaço indeciso
Dá-me mais porque preciso
Mais um sopro do que tens

Deixa andar
Deixa ser
Quando queres entender o que não podes disfarçar
Escolhes não sentir mas não é teu para decidir

Se faz bem ao coração
Largar o que há em vão
Faz bem ao coração

Mesmo longe caiem rosas
Como pedras preciosas
Que confundem a razão
Mistério do teu lado
Entre o certo e o errado
Bem e o mal em discussão
Volta a teu o abraço cheio com o coração no meio
Volto eu a disparar
Não percebo o que queres
Diz-me tu o que preferes
Ir embora ou ficar
Este espaço intermédio
Entre a paz e o assédio não nos deixa evoluir
Não é dor nem fogo posto
É amar sem ser suposto
É difícil resistir

Deixa andar
Deixa ser
Quando queres entender o que não podes disfarçar
Escolhes não sentir mas não é teu para decidir

Se faz bem ao coração
Largar o que há em vão
Faz bem ao coração

Meu amor esta vontade
Meu amor se é verdade
Meu amor se queres saber
Abre espaço no que é teu
Vou-te dar o que é meu
Deixa andar
Deixa ser

Faz bem ao coração
Largar o que há em vão
Faz bem ao coração x3

(Tiago Bettencourt)
lindo....nem precisa comentários....

terça-feira, 23 de março de 2010

Inconstância

Procurei o amor, que me mentiu.
Pedi à Vida mais do que ela dava;
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!

Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!

Passei a vida a amar e a esquecer...
Atrás do sol dum dia outro a aquecer
As brumas dos atalhos por onde ando...

E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há-de partir também... nem eu sei quando...

Florbela Espanca

Fazer o que ainda não foi feito

Sei que me vês
Quando os teus olhos me ignoram
Quando por dentro eu sei que choram
Sabes de mim
Eu sou aquele que se esconde
Sabe de ti, sem saber onde
Vamos fazer o que ainda não foi feito

Trago-te em mim
Mesmo que chova no verão
Queres dizer sim, mas dizes não
Vamos fazer o que ainda não foi feito

E eu sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto pra contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais

E eu sei que dói
Sei como foi andares tão só por essa rua
As vozes que te chamam e tu na tua
Esse teu corpo é o teu porto, é o teu jeito
Vamos fazer o que ainda não foi feito

Sabes quem sou, para onde vou
A vida é curva, não uma linha
As portas que se fecham e eu na minha
A tua sombra é o lugar onde me deito
Vamos fazer o que ainda não foi feito

E eu sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto pra contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais

Tens uma estrada
Tenho uma mão cheia de nada
Somos um todo imperfeito
Tu és inteira e eu desfeito
Vamos fazer o que ainda não foi feito

E eu sou mais do que te invento
Tu és um mundo com mundos por dentro
E temos tanto pra contar
Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais

Vem nesta noite
Fomos tão longe a vida toda
Somos um beijo que demora
Porque amanhã é sempre tarde demais


(Pedro Abrunhosa)

Não sei porquê, mas gosto desta música... :)

quinta-feira, 4 de março de 2010

Descobri que quando for mãe, (daqui a alguns anos, que ainda não estou preparada para essas aventuras!...) vou ser uma péssima mãe... Vou dar mimo, deixar fazer tudo o que a criançinha quiser, vai ser uma desgraça! Pelo menos a avaliar pela Catita, a gata mais gira da zona!!, mas muito mimada, faz tudo o que quer, porque eu não a consigo contrariar...:) Ela tem aquele jeitinho, aquele arzinho fofinho,...chega a fazer-me levantar de uma cadeira só para ela se deitar e é impossível resistir quando ela pede colinho enquanto eu estou a tomar o pequeno-almoço....mas alguém consegue resistir???? Definitivamente não vou ser a pessoa certa para educar. Vou ter que colocar o anúncio: "procura-se um pai com pulso para educar duas crianças"!!!! ehehehe ;P

segunda-feira, 1 de março de 2010

O jogo recomeça

Se voltas,
Aceitas
Sou tudo o que mudou em nós

Se ficas, Entende
O tempo não perdoa
Quem tu és

Quero-te amar
Mas eu não sou capaz,
De dizer o que sinto
Sem olhar para trás,
Quero-te amar,
Mas não vou implorar
Dá-me um sinal,
Mostra-me mais

Agora,
Termina,
O Jogo Começou lá atrás

Eu lanço, Os dados
E o Jogo Recomeça
Para Nós

Quero-te amar
Mas eu não sou capaz,
De dizer o que sinto
Sem olhar para atrás
Quero-te amar,
Mas não vou implorar
Dá-me um sinal,
Mostra-me mais

(FF)

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Feridas...


Ainda guardo as feridas abertas, algumas fundas, cravadas bem no meu ser. Será que algum dia elas cicatrizarão?
Às vezes tomam conta de mim...apoderam-se e fazem-me lembrar que lá estão...às vezes em carne viva, dorida...às vezes parece que ficam ainda mais fundas, chegam a sangrar para depois deixarem a ideia que saram....Mas estão sempre lá!!
São feridas que não sei se são os outros ou eu mesma que faço...talvez seja culpa minha, porque permito que as abram, se me protegesse mais, com certeza seriam apenas arranhões...mas assim...algumas são grandes e fundas, e não sei se algum dia desaparecerão...se me deixarão dormir, sentir...
Algumas cortam-me a alma...dói mais que a carne...cheira a dor, a lágrimas, a incerteza...chega até a cheirar a morte...morte de sentimentos, de alegrias que às vezes não tenho em mim....

sábado, 6 de fevereiro de 2010


Quem me quiser há-de saber as conchas
a cantiga dos búzios e do mar.
Quem me quiser há-de saber as ondas
e a verde tentação de naufragar.

Quem me quiser há-de saber as fontes,
a laranjeira em flor, a cor do feno,
a saudade lilás que há nos poentes,
o cheiro de maçãs que há no inverno.

Quem me quiser há-de saber a chuva
que põe colares de pérolas nos ombros
há-de saber os beijos e as uvas
há-de saber as asas e os pombos.

Quem me quiser há-de saber os medos
que passam nos abismos infinitos
a nudez clamorosa dos meus dedos
o salmo penitente dos meus gritos.

Quem me quiser há-de saber a espuma
em que sou turbilhão, subitamente
- Ou então não saber coisa nenhuma
e embalar-me ao peito, simplesmente.

Rosa Lobato de Faria

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

(I can't get no) Satisfaction

I can't get no satisfaction
'Cause I try and I try and I try and I try
I can't get no

When I'm drivin' in my car
And that man comes on the radio
He's tellin' me more and more
About some useless information

Supposed to fire my imagination
I can't get no, oh, no, no, no
Hey, hey, hey, that's what I say

I can't get no satisfaction
'Cause I try and I try and I try and I try
I can't get no

When I'm watchin' my TV
And that man comes on to tell me
How white my shirts can be
But he can't be a man 'cause he doesn't smoke
The same cigarettes as me

I can't get no, oh, no, no, no
Hey, hey, hey, that's what I say

I can't get no satisfaction
I can't get no girl reaction
'Cause I try and I try and I try and I try

I can't get no

When I'm ridin' round the world
And I'm doin' this and I'm signing that
And I'm tryin' to make some girl
Who tells me baby better come back later next week
'Cause you see I'm on losing streak

I can't get no, oh, no, no, no
Hey, hey, hey, that's what I say
I can't get no, I can't get no

I can't get no satisfaction
No satisfaction, no satisfaction, no satisfaction
I can't get no

(Rolling Stones)

I really can't get no satisfaction....Why?...Can someone tell me???...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Invictus

Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll.
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

William Ernest Henley

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Outra margem de mim (Mafalda Veiga)

É muito tempo a desejar o tempo
De mudar ventos, levantar marés
É muita vida a desejar o alento
Que faz saber ao certo quem és

É funda a toca onde te escondes tanto
Tem a distância entre o silêncio e a voz
A vida rasga bocadinhos gastos do mundo
Vai descascando até chegar a nós

Tu que sabes tanto de mim
Tu que sentes quem eu sou
Dá-me o teu corpo como ponte que me salva
Do que o medo fechou

São muitos dias a perder em vão
Sem nunca entrar dentro do labirinto
É muita vida a não ser o que tu sentes
A planar sobre o que eu sinto

É quase noite, não te escondas mais
Vai desatando até entrar o ar
Dá-me um gesto que me diga o teu fundo
Uma palavra para te tocar

Tu que sabes tanto de mim
Tu que sentes quem eu sou
Dá-me o teu corpo como ponte que me salve
Do que o medo fechou

Tu que sabes tanto do sol
És uma espécie de outra margem de mim
Olha-me dentro como chão que me agarre

Pode ser esta noite quente
A estrada aberta mesmo à nossa frente
E tu e eu a descobrir o ar
Não é preciso correr
Não é urgente chegar
O que é preciso é viver

Não é urgente chegar.
O que é preciso é viver.

(concordo, não é urgente chegar, é muito mais importante viver!)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Às vezes percebo que nós, os que nos chamamos "normais", somos tão pequenos...Temos uma infinidade de limitações, que ao ver alguns dos deficientes, fico realmente a pensar que a "deficiente" sou eu!!! Às vezes sinto-me mesmo pequenina em relação a pessoas tão nobres e "grandes", que com tantas limitações poderiam desistir de viver, e lutam, e nos dão lições de vida. Nós temos todos os defeitos, somos demasiado altos, baixos, magros, gordos....enfim, tantos defeitos e tanta insatisfação, e perante uma adversidade, baixamos os braços, desistimos, somos cobardes...sinto-me uma verdadeira formiga....

Sozinho(a) (Caetano Veloso)

Ás vezes no silêncio da noite,
eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordada,
juntando
o antes o agora e o depois
Porque você me deixa tão solta?
Porque você não cola em mim?
Tou me sentindo muito sozinha
Não sou nem quero ser a sua dona,
é que um carinho as vezes cai bem
Eu tenho meus segredos e planos,
secretos,
só abro pra você, mais ninguém
Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ele de repente me ganha?
Quando a gente gosta é claro que a
gente cuida.
Fala que me ama só que é da boca
pra fora
Ou você me engana ou não está
maduro
Onde está você agora?

Música linda de Caetano Veloso, à qual fiz as devidas alterações de género.... :)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Palavras que talvez nunca te direi...

Será que algum dia a paixão platónica se transformará em algo menos platónico???? E o que é isso de platónico? Uma definição: "o amor platónico distancia-se da realidade e, como foge do real, mistura-se com o mundo do sonho e da fantasia",....mas até quando vai ser irreal???.....Não podemos tirar o platónico e ficar só com a paixão?...ou as palavras são ditas sem pensar no seu significado? Pois, às vezes não se dá valor ao que se diz, e cria-se uma ideia errada....... Por mim, podemos passar à paixão NÃO platónica......