segunda-feira, 26 de julho de 2010

Confesso

Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final

Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz

Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais

Eu tranco a porta
Pra todas as mentiras
E a verdade também está lá fora
Agora a porta está trancada

A porta fechada
Me lembra você a toda hora
A hora me lembra o tempo que se perdeu
Perder é não ter a bússola
É não ter aquilo que era seu
E o que você quer?
Orientação?

Eu vou contar pra todo mundo
Eu vou pichar sua rua
Vou bater na sua porta de noite
Completamente nua
Quem sabe então assim
Você repara em mim
Quem sabe então assim
Você repara em mim

Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho aonde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você

É... mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir

Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra gente agora

Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você...

Eu quero te roubar pra mim
Eu que não sei pedir nada
Meu caminho é meio perdido
Mas que perder seja o melhor destino

Agora não vou mais mudar
Minha procura por si só
Já era o que eu queria achar
Quando você chama meu nome
Eu que também não sei aonde estou
Pra mim que tudo era saudade
Agora seja lá o que for

Eu só quero saber em qual rua
Minha vida vai encostar na tua

(Ana Carolina)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Tarde demais...

Dói ver-te e não te ter.... dói ter-te perto, mas tão longe....
Dói ainda mais deixar que te amem, quando devia ser eu... ver amar e não poder fazê-lo,....dói...
Falta a coragem para te amar, ou falta, por não ME amar.
Um beijo, um sorriso, tão perto...o verde do teu olhar, reflecte o laranja da minha camisola....e era lá no fundo dos teus olhos que eu queria ficar, para sempre presa nesse verde que não soube amar...
Fugiu o tempo, o toque, o beijo.....ficou lá atrás, tímido, à espera....e depois...era tarde demais!!...
Por isso, dói deixar que outros olhos te amem, que outra boca te beije, que outro corpo se aqueça junto ao teu....dói....mas já era tarde demais!!....

segunda-feira, 5 de julho de 2010

"Ouvi dizer"

Ouvi dizer que o nosso amor acabou.
Pois eu não tive a noção do seu fim!
Pelo que eu já tentei,
Eu não vou vê-lo em mim:
Se eu não tive a noção de ver nascer um homem.
E ao que eu vejo,
Tudo foi para ti
Uma estúpida canção que só eu ouvi!
E eu fiquei com tanto para dar!
E agora
Não vais achar nada bem
Que eu pague a conta em raiva!
E pudesse eu pagar de outra forma!

Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã,
E eu tinha tantos planos pra depois!
Fui eu quem virou as páginas
Na pressa de chegar até nós;
Sem tirar das palavras seu cruel sentido!
Sobre a razão estar cega:
Resta-me apenas uma razão,
Um dia vais ser tu
E um homem como tu;
Como eu não fui;
Um dia vou-te ouvir dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!
Sei que um dia vais dizer:
E pudesse eu pagar de outra forma!

A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura!
Ora amarga! Ora doce!
Pra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura!

(Ornatos violeta)

domingo, 4 de julho de 2010

Faz de conta...

Queria um dia de faz de conta....queria um dia perfeito, transformar-me numa pessoa perfeita, num sitio perfeito, com pessoas perfeitas à minha volta...hoje estou cansada da imperfeição. Das coisas, dos outros, mas principalmente da minha imperfeição, cansada....nem sei de quê, porquê ou de quem... Passam à minha frente imagens de um paraíso que não sei se existe, mas que é onde queria estar. Será que existe, será que existes???? Estás aí????....nesse sítio perfeito, onde faz de conta que tudo é perfeito, ou podia ser....
Deixa que o tempo passe, que (faz de conta) és dona de uma borracha, que podes apagar o imperfeito, que podes voltar atrás, pegar no lápis e voltar a escrever esta estória....às vezes tão mal contada!!!...Deixa o tempo andar....faz de conta....


"O tempo não cura tudo. Aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas tira o incurável do centro das atenções..." (Martha Medeiros)