quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Invictus

Out of the night that covers me,
Black as the Pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeonings of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find, me unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll.
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

William Ernest Henley

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Outra margem de mim (Mafalda Veiga)

É muito tempo a desejar o tempo
De mudar ventos, levantar marés
É muita vida a desejar o alento
Que faz saber ao certo quem és

É funda a toca onde te escondes tanto
Tem a distância entre o silêncio e a voz
A vida rasga bocadinhos gastos do mundo
Vai descascando até chegar a nós

Tu que sabes tanto de mim
Tu que sentes quem eu sou
Dá-me o teu corpo como ponte que me salva
Do que o medo fechou

São muitos dias a perder em vão
Sem nunca entrar dentro do labirinto
É muita vida a não ser o que tu sentes
A planar sobre o que eu sinto

É quase noite, não te escondas mais
Vai desatando até entrar o ar
Dá-me um gesto que me diga o teu fundo
Uma palavra para te tocar

Tu que sabes tanto de mim
Tu que sentes quem eu sou
Dá-me o teu corpo como ponte que me salve
Do que o medo fechou

Tu que sabes tanto do sol
És uma espécie de outra margem de mim
Olha-me dentro como chão que me agarre

Pode ser esta noite quente
A estrada aberta mesmo à nossa frente
E tu e eu a descobrir o ar
Não é preciso correr
Não é urgente chegar
O que é preciso é viver

Não é urgente chegar.
O que é preciso é viver.

(concordo, não é urgente chegar, é muito mais importante viver!)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Às vezes percebo que nós, os que nos chamamos "normais", somos tão pequenos...Temos uma infinidade de limitações, que ao ver alguns dos deficientes, fico realmente a pensar que a "deficiente" sou eu!!! Às vezes sinto-me mesmo pequenina em relação a pessoas tão nobres e "grandes", que com tantas limitações poderiam desistir de viver, e lutam, e nos dão lições de vida. Nós temos todos os defeitos, somos demasiado altos, baixos, magros, gordos....enfim, tantos defeitos e tanta insatisfação, e perante uma adversidade, baixamos os braços, desistimos, somos cobardes...sinto-me uma verdadeira formiga....

Sozinho(a) (Caetano Veloso)

Ás vezes no silêncio da noite,
eu fico imaginando nós dois
Eu fico ali sonhando acordada,
juntando
o antes o agora e o depois
Porque você me deixa tão solta?
Porque você não cola em mim?
Tou me sentindo muito sozinha
Não sou nem quero ser a sua dona,
é que um carinho as vezes cai bem
Eu tenho meus segredos e planos,
secretos,
só abro pra você, mais ninguém
Por que você me esquece e some?
E se eu me interessar por alguém?
E se ele de repente me ganha?
Quando a gente gosta é claro que a
gente cuida.
Fala que me ama só que é da boca
pra fora
Ou você me engana ou não está
maduro
Onde está você agora?

Música linda de Caetano Veloso, à qual fiz as devidas alterações de género.... :)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Palavras que talvez nunca te direi...

Será que algum dia a paixão platónica se transformará em algo menos platónico???? E o que é isso de platónico? Uma definição: "o amor platónico distancia-se da realidade e, como foge do real, mistura-se com o mundo do sonho e da fantasia",....mas até quando vai ser irreal???.....Não podemos tirar o platónico e ficar só com a paixão?...ou as palavras são ditas sem pensar no seu significado? Pois, às vezes não se dá valor ao que se diz, e cria-se uma ideia errada....... Por mim, podemos passar à paixão NÃO platónica......